sexta-feira, 15 de maio de 2015

A História de Silverthorn - Terceira Parte

Antes de tudo, quero pedir desculpas pela demora em continuar a história, mas não tive tempo para o blog esta semana.

Confira a parte 1 e a parte 2.



Silverthorn Storybook

A história de Silverthorn - Terceira Parte

Robert estava enganado. Depois que ele partiu, as mortes continuaram, iniciando com a mãe. Ela nunca mais foi a mesma depois que ela perdeu Jolee e eu acredito que a fenda em seu coração só havia crescido mais ao longo dos anos até que ela não poderia mais manter as duas metades unidas. A Partida de Robert foi a sua ruína final. Eu estava certo de que ele retornaria para o funeral dela, mas quando olhei ao redor, os rostos que enchiam os bancos da igreja antes da cerimônia se iniciar, nenhum deles era o Robert.

O Pai estava tão perdido contudo eu não conseguiria consolá-lo depois de tudo que ele tinha feito.  Um louvor começou e grandes palavras foram ditas sobre os dias de glória e felicidade de mamãe, dias que nós todos quase havíamos esquecido. Foi então que a música começou, tocada uma vez em cada evento trágico por minha mãe e apenas por ela. As notas cantavam tão tristes e doces como a minha mãe tinha sido e cabeças estavam virando-se para ver de onde elas vinham. Eu saltei enquanto a musica e o louvor prosseguiam, procurando pela origem da música.

A igreja era grande e havia muitas viradas, curvas, cantos e varandas. Minha procura se ​​tornou mais frenética, até o louvor e a música de repente terminam. Eu dobrei a segunda esquina na varanda para encontrar uma cadeira solitária, ainda quente. Havia alguns pêlos de cavalo e uma rosa branca onde quem estava tocando tinha sentado poucos segundos antes. Eu não vi ninguém. Então, a noite, voltei de um baile da minha faculdade e encontrei meu pai no sofá na sala de estar. Eu acreditei que ele estava dormindo no início, mas após uma segunda olhada, vi que seus olhos estavam abertos, olhando para um distante desconhecido.

Desde que Robert desapareceu sem deixar rasto, ninguém mais restou, eu era o único beneficiário da herança da minha família. As terras, as propriedades, Wheatley e todo o resto vieram para minha posse e eu estava totalmente ocupado sendo um cavalheiro, embora eu estivesse determinado a concluir meus estudos. Eu me joguei de cabeça em meus livros e pesquisas, trabalhando ao longo de cada dia na esperança de que os meus esforços cansassem a minha tristeza. Era fim do verão de 1876, eu encontrei a capela e conheci Aurora.

...

Há algo de limpo e clemente na floresta. Sua folhagem verdejante é a própria essência da vida. Os sons de pássaros e insetos são revigorantes.  O roçar do vento nas folhas é calmante. Você parece insignificante, pois você sabe que mesmo se você não existisse, a floresta e todas as suas criaturas continuariam ali, exatamente como eles estão agora. Eu gostava de vagar pela floresta para limpar a minha cabeça depois de um longo dia. As folhas estavam ficando douradas conforme o verão estava terminando.

Eu decidi tomar um caminho diferente, que eu não havia explorado antes, e cheguei a um clarão. No final do clarão havia uma pequena estrutura de pedra que parecia ser uma capela. O telhado em pico e as janelas de vidros diamante foram estampados com cores intrincadas. Como me aproximei, notei um homem mais velho inclinado, trabalhando em um jardim ao lado da capela. Eu me apresentei e perguntei a colocação e a função daquele homem e da capela.

Ele disse que seu nome era Alphaeus e que ele tinha sido um acólito na catedral de São Pedro, onde minha mãe algumas vezes ia rezar. Depois de ter perdido Jolee, ela contratou Alphaeus para vir e construir uma pequena capela (onde ele viveria a partir de então) no bosque ela poderia vir em privacidade para orar e meditar. Eu nunca soube disso, nem qualquer outra pessoa e foram muitas novidades para eu digerir. Alphaeus provou saber muito sobre a minha mãe, a nossa família e as tragédias que haviam caído sobre nós. Ele era uma alma amável e gentil era muito fácil conversar com ele, eu senti uma sensação de profundo alívio, depois de falar com ele. Depois daquele dia tornou-se um ritual procurar a capela e os conselhos de Alphaeus.

To be continued...
Continua...



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