segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O Fidel do Futebol Brasileiro



Ricardo Teixeira, presidente da CBF e atualmente presidente do Comitê Organizador Local da copa de 2014, que será sediada no Brasil, está na presidência da entidade desde 16 de janeiro de 1989. Seu quinto mandato consecutivo terminou em 2007, mas foi prolongado, sob “acordo”, até o final da Copa de 2014. Durante todo este tempo, em que Teixeira está na presidência da CBF, sofreu várias acusações de corrupção, mas sempre deu um “jeitinho” de não sofrer punições e evitar que as investigações chegassem a alguma conclusão.

Foi eleito presidente, após derrotar Nabi Abi Chedid (então presidente da Federação Paulista de Futebol/e amigo do Marcelo Tas, hahaha), sucedendo Otávio Pinto Guimarães. Após cinco reeleições, através de “acordos” com os presidentes das federações estaduais, e graças à escolha do Brasil como sede da Copa de 2014, permanecerá no cargo até o fim da copa.

Em 1998, vê-se envolvido em investigações de duas CPIs (do futebol e CBF-Nike), mas com auxilio da bancada da bola no congresso, as CPIs viraram pizza. Na ocasião, declarou que não precisava do futebol, pois era rico. Só esqueceu-se de citar, que seu enriquecimento se deu através da CBF, já que sua passagem pelo  mercado financeiro, em uma sociedade com o pai, o sogro e o irmão não foi bem-sucedida.

A reportagem da revista Carta Capital de 30 de junho de 2010, “Os Donos da Bola – Havelange, Blatter e Teixeira não resistiriam a uma Lei da Ficha Limpa”, fala sobre como apesar da crise, as entidades, FIFA e CBF, lucram tanto, enquanto outras entidades privadas vão à falência. Também fala de uma possível candidatura do presidente da CBF a vaga de Blatter na FIFA.

Durante estes vinte e um anos de mandato, a qualidade do futebol nacional, incluindo as quatro divisões do campeonato brasileiro, Copa do Brasil e os estaduais, não evoluíram muito, levando-se em conta seu tempo de mandato. A entidade que deveria cuidar da boa qualidade de seus campeonatos, proteger os interesses dos clubes afiliados da ganância dos empresários e olheiros de clubes europeus e cuidar das categorias de base da seleção, só pensa em lucrar com as vendas dos amistosos da seleção principal e atualmente com o superfaturamento das obras da copa de 2014.

Os amistosos da seleção viraram um grande negócio para Teixeira, tanto que o último amistoso no nosso país foi contra a seleção portuguesa, no “Arrudão”, um estádio para 30 mil pagantes, construído para ser um campo de treinamento para uma das seleções que ficarem na sede de Brasília.

Há muito tempo que a seleção não é do povo, e sim dos interesses da CBF e de seus patrocinadores, que na última copa foram 10. E ultimamente nem é preocupação do presidente da CBF, a preocupação dele atualmente é com as obras da copa, pra ele pouco importa se o Brasil será hexa campeão ou ficará pelo caminho, o importante será o lucro da entidade no mundial.

Não temos certeza de que seu mandato terminará após o mundial da FIFA em 2014, e se finalmente teremos alternância de poder na entidade, pelo bem do futebol brasileiro, o atual presidente deveria dar a chance para que outros dirigentes assumissem este cargo tão importante no país do futebol.

2 comentários:

  1. Oi Artur!

    Bemvindo a este pequenho mundo chamado blogosfera, espero que voce goste e nao deixe ao pouco tempo.. bom, se voce deixa pelo menos tentou jajaja

    Muita sorte!
    Um beijo.

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