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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Tradução La Condessa (Fortaleza)

Fonte: http://www.musica.com/letras.asp?letra=1895283


Segue a tradução da música da banda Fortaleza que foi inspirada na Lenda La Condesa de Malibran.




Tradução La Condesa, "A Condessa" (Fortaleza)

Escuto a noite imensa
Imensa ao não estar com você
Em uma noite como esta
Você esteve entre os meus braços
E o vento frio te levou

Não morro por amor, morro por ti
Lamento o momento em que teve de partir
Meu coração te procura e não estás comigo
Que curto é o amor e tão longo é o esquecimento

Do sol cai um cacho
No meu vestido escuro
Procurando entre becos
Aquele que perdi

À noite as grandes raízes
Crescem de repente em minha alma

É a tempestade da manhã
Ontem á noite ele deu o último suspiro
Rumo a uma jornada eterna
A que me despedi
Adeus amor, adeus

Mais uma noite e esta Condessa
Sairá a procura de um novo amor

Vídeo:


Tradução da música La Leyenda Del Tajín (Fortaleza)

Fonte: http://www.musica.com/letras.asp?letra=1809417


Quando escrevi a tradução da Lenda de Tajín esqueci de traduzir a música para os leitores compararem a lenda com a música, portanto, confira a seguir a tradução da música.

Tradução La Leyenda del Tajin (Fortaleza)

Quando o mundo começa a existir
Perto do Vale sobre o mar
Sete divindades que se fazem ouvir
Soam tambores da tempestade

Onde a luz se conecta ao céu
Homens e deuses se misturam
Entre as pedras vive o trovão
Chuva e vento explodiram

Mar de turquesas inunda o lugar
E as borboletas do rio voam
Se liberta o vaivém do ritual
Trovões furiosos procuram o brilhar

Alma de tempestade, alma de fogo
Que canta com a música do mar
Que dança com o ritmo das ondas
E soa quando dorme a verdade

Sempre sorrindo como um ser feliz
Embriaga a flor em seu coração
O belo canto se transforma em temor
Dois mundos e somente um tempo

Foi levado para o fundo do mar
Acorrentado se ouviu perguntar
Desesperado querendo escutar
O dia do seu santo que nunca saberá

Alma de tempestade, alma de fogo
Que canta com a música do mar
Que dança com o ritmo das ondas
E soa quando dorme a verdade

Alma de tempestade, alma de fogo
Que canta com a música do mar
Que dança com o ritmo das ondas
E soa quando dorme a verdade


Vídeo:



domingo, 12 de outubro de 2014

Dime Jaguar - Fortaleza (tradução da música)


Quando escrevi a tradução da Lenda do Jaguar, inspiração para a canção Dime Jaguar da banda Jaguares, que foi gravada originalmente em 1996 e a banda Fortaleza de Vera Cruz, no México, fez um cover numa versão gótica em 2010, esqueci de um detalhe, letra e tradução da música. Confira.

Tradução*

Escondidas na carne minhas memórias se foram
Em uma galáxia estranha está seu sorriso
Permaneceram em uma esfera muito abaixo da terra

Os demônios continuam em volta dos anciãos
O campo continua minado e ninguém diz nada
Por salvar aos cegos
Uma mulher chorando descobre seus segredos

Jaguar, diga-me como chegar ao fim
Jaguar, diga-me como olhar no escuro

Continua suando frio o veludo dos seus sonhos
Afundado no esquecimento seus instintos se perderam
Uma veia se abre para o horizonte dos seus dias

 Jaguar, diga-me como chegar ao fim
Jaguar, diga-me como olhar no escuro

Olhe as minhas mãos Jaguar e não as poderá ler
Já não existem linhas, o meu limite se desenrolou
Diga-me Jaguar, quando não vou vê-lo novamente
Te esperarei nos cumes do vazio
E brincarei, e brincarei sempre ao seu lado

Jaguar, diga-me como chegar ao fim
Jaguar, diga-me como olhar no escuro

Letra**

Ocultos en la carne se quedaron mis recuerdos 
En una galaxia extraña está tu sonrisa 
Se quedaron lejos en una esfera bajo la tierra 

Los demonios siguen correteando a los ancianos 
El campo sigue minado y nadie dice nada 
Por salvar a los ciegos 
Una mujer llorando se descubre sus secretos 

Dime jaguar como llegar hasta el final 
Dime jaguar como mirar en la oscuridad 

Sigue sudando frío el terciopelo de tus sueños 
Hundidos en el olvido se perdieron tus instintos 
Una vena se abre en el horizonte de tus días 

Dime jaguar como llegar hasta el final 
Dime jaguar como mirar en la oscuridad 

Mira jaguar mis manos ya no las puedes leer, 
Ya no hay líneas mi límite se desdobló 
Dime jaguar cuando vuelva a no verte 
Te esperaré en los cuernos del vacío 
Y brincaré, y brincaré siempre a tu lado 

Dime jaguar como llegar hasta el final 
Dime jaguar como mirar en la oscuridad 
Dime jaguar como llegar hasta el final 
Dime jaguar como mirar en la oscuridad

Vídeo do cover da banda Fortaleza


Vídeo da banda Jaguares




*Tradução feita por mim, por isso ainda tem alguns erros

domingo, 14 de setembro de 2014

Leyenda Dime Jaguar (Tradução) - Terceira parte das lendas mexicanas que inspiraram canções da banda Fortaleza

Dime Jaguar (Jaguares)
Disco: Una Luz Entre Las Sombras



Na cultura asteca, o jaguar teve uma grande influência. O denominavam como "Ocelotl*", que consideravam como rei dos animais. Em Tenochtitlán os líderes militares de maior patente, os guerreiros mais importantes e ferozes vestiam capas, artefatos e máscaras feitas de plumas e pele de jaguar sendo chamados de cavalheiros jaguar, cujo título seria "Tlacochcalcatl", chefe de casa de armas. Os Imperadores Astecas não só se adornavam com capas, sandálias e usavam insígnias feitas de jaguares; tinham também o privilégio exclusivo de utilizar nos tronos, tapetes e cortinas feitos de pele de jaguar, tudo isso como símbolo de autoridade.

Para os Astecas o jaguar foi o disfarce de Tezcatilipoca, o deus responsável por guiar Quetzcóatl, a serpente emplumada que ensinou e introduziu a prática de sacrifícios humanos.

Na mentalidade asteca, a águia é também espírito irmão jaguar. Ambos são protetores dos poderes guerreiros terrestres. O animal envidraçado de manchas preside uma das irmandades secretas da cavalaria asteca, enquanto que a outra é regente pela presença senhorial da ave do bico adunco. Ao mesmo tempo, no trono cerimonial do monarca asteca, este se sentava sobre plumas de águia e dispunha sobre suas costas de um retalho manchado de pele de jaguar.

Na cultura Maia, o jaguar foi chamado Balaam ou Chac e era símbolo de poder. Pessoas que usavam roupas de jaguar eram pessoas com autoridade na sociedade, geralmente representado nos códices**. O Deus Sol se transformava em jaguar para viajar a noite pelo mundo dos mortos.

A pele com manchas deste belo felino representava as estrelas. As ruínas Maias de Yucatán produziram elaboradas imagens do jaguar. Para os Maias, o sol jaguar dominava a noite e o dia, o sol jaguar lutava ao entardecer com Xilbalban (o submundo) durante a noite, vencendo-o e saindo uma vez mais no dia seguinte.

Uma história Maia fala que o final da terra virá quando os jaguares ascenderem do submundo para devorar o Sol e a Lua e talvez o universo... e um eclipse é um sinal do evento final.

*Existe uma banda chamada Ocelotl que tem canções sobre os povos astecas. Este blog já divulgou o som da banda.
**Códices Maias são livros dobráveis produzidos pela civilização pré-colombiana. Os textos eram produzidos em papel oriundo de cascas de espécies de figueiras. Códice é uma palavra oriunda do latim, significando livro ou bloco de madeira. Os maias os chamavam de huun no idioma deles. Os Astecas, no seu idioma nauatl, chamavam os códices de amatl.

Exemplo de um códice Maia

Fortaleza - Dime Jaguar


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

La Leyenda del Tajín (tradução) - Segunda parte das lendas mexicanas que inspiraram canções da banda Fortaleza

Tradução da Lenda de Tajín
La Leyenda del Tajín
Disco: Una Luz Entre Las Sombras (Uma luz entre as sombras)

Após pouco mais de um ano e meio, quando escrevi a primeira parte de "Fortaleza e suas canções inspiradas em personagens, histórias e lendas do México"*, resolvi traduzir (tentar traduzir) outra lenda que inspirou uma bela canção da banda. Trata-se da Lenda de Tajín.


Antes de começar a traduzí-la diretamente do site oficial da banda, é necessário tentar esclarecer o que é Tajín. Segundo tentei apurar no site do Instituto Nacional de Antropologia e História - INAH (México) e na Wikipedia, El Tajín é a cidade pré hispânica mesoamericana mais importante da costa norte de Veracruz. É o maior sítio arqueológico da região, com grande acervo da cultura asteca e de povos pré invasão espanhola. Tajín é a cidade sagrada do povo Totonaca, considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Também é o nome do personagem da lenda Tajín y los siete trueños.

Fontes e curiosidades:

*Até então não havia planos para que se tornasse uma série de postagens sobre o tema, mas comecei a ler os posts antigos do blog e me deparei com este, que considero ter a influência de um bom acervo de lendas mexicanas. Junte-se a isto o fato de eu estar tendo aulas de espanhol e a tradução dessas lendas ser uma boa maneira de praticar.

La Leyenda del Tajín

A Lenda do antigo trovão foi escutada pelo etnólogo Roberto Williams Garcia, dos lábios de um ancião totonaco que vivia em uma colina com vista para a Pirâmide dos Nichos, na zona de Tajín, sendo publicada em 1954 na revista "Tlatoani".

Na congregação de Tajín, os totonacos relatam a existência de um ser sobrenatural, o antigo trovão, que permanece acorrentado no fundo do mar e cujos seus rugidos roucos começam a ser escutados desde o mês de junho, prolongando-se por julho até agosto.

O personagem era um órfão vagante. Em certa ocasião, seus olhos maravilhados viram um machado que, por próprio impulso, cortava lenha e seguidamente eles se uniram transformando-se em uma ferramenta. O menino seguiu o caminho e assim chegou a uma casa que era a Pirâmide dos Nichos, onde viviam 12 homens idosos, que eram os senhores do trovão, eles tomaram o órfão como servo, Talinmaxka ou Limaxka no idioma totonaco, recomendando-lhe que seguisse suas ordens.

Uma vez, quando os anciões se preparavam para sair para seus trabalhos, o órfão viu como tiravam suas vestimentas de dentro de um baú: a roupa do furacão. Ele saiu de casa usando a roupa e imediatamente provocou um furacão que começou a destruir tudo; as árvores desmoronaram, e cabanas caíram. Os senhores do trovão,ao se darem conta da situação, perseguiram o causador do tumulto, lançando montanhas de nuvens para capturá-lo, levando muito tempo para conseguir, porque o menino sempre escapava.

O menino foi levado para o mar, onde foi submetido e acorrentado para não se mover. Dizem que os roucos rugidos ocorrem por ele perguntar quando é o seu dia santo, mas os senhores do trovão o enganaram dizendo que era uns dias antes ou depois da data verdadeira: 24 de junho. Se abstiveram de dizer o dia certo pois pensavam que o garoto provocaria uma tremenda inundação que acabaria com o mundo.

No monumento de entrada a zona arqueológica de Tajín, em 1992 ficou representada esta lenda graças à habilidade do escultor Teodoro Cano.




Fortaleza - La casa dele trueño
https://www.youtube.com/watch?v=QBsUjUplZOU
Fortaleza- La Leyenda del Tajín (versão do disco)
https://www.youtube.com/watch?v=CrK4-4YV0GM
La Leyenda del Tajín ao vivo



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Fortaleza e suas canções inspiradas em personagens, histórias e lendas do México

Eu já tinha lido na internet que algumas canções da banda e seus discos são inspirados em lendas, histórias e personagens mexicanos, mas não as conhecia. Por volta do segundo semestre do ano passado, possivelmente após a saída de Helena e outros integrantes, o site da banda foi reformulado e passou a disponibilizar as histórias que inspiraram as composições da banda de Vera Cruz. O intuito disso, como está escrito no site ("México es un lugar espectacular y lleno de magia, los invitamos a conocerlo"), é fazer com que os fãs de outros países tenham interesse em conhecer o México e sua cultura.

O site da banda é http://www.fortalezaoculta.com/Pagina/inicio.html. As histórias que serviram de inspiração para os integrantes da banda Fortaleza estão no menu "México Mágico" (http://www.fortalezaoculta.com/Pagina/mexico.html), as canções são: La Condesa (que eu traduzi e coloquei mais abaixo neste post), La Mulata (La Mulata de Cordoba), La Leyenda del Tajin, La Bruja (El son de la bruja), Cerca de la media noche (El Callejon de Líbranos Señor), Dime Jaguar - Jaguares e Arrancame La Vida, canção que encerra o último disco da banda.


Confira a seguir a tradução da lenda de "La Condesa de Milabrán".

La Condesa
Disco: El ojo de la tormenta

No principio do século XX, na cidade de Vera Cruz, chegou ao povoado com muitos luxos uma mulher lindíssima e com classe. Nunca se soube a origem dessa estranha mulher, as pessoas sabiam que o marido era um conde da coroa espanhola e que o lugar onde viviam era uma imensa mansão com requintes de palácio real, e nessa velha construção, para além dos quartos sujos que ele tinha, existia um poço enorme que abrigava grandes lagartos no fundo que eram alimentados com cachorros e gatos vivos, carne bovina e suína, além de "aves de corral" (aves domesticadas usadas na alimentação - carne e ovos - ex.: galinhas, patos, gansos, etc.). Essa mulher, que passou a ser chamada de Condessa de Malibrán, sofria muito porque mesmo sendo casados há muito tempo ela seguia sem poder ter filhos. Corria um boato no povoado sobre uma bruxa que praticava magia negra e vivia em uma casa rodeada de pântanos e areia. De sua casa emanavam odores nauseantes e as pessoas não andavam por ali, exceto a Condessa de Malibrán que ia pedir-lhe o favor de acabar com a maldição de não poder ter filhos.

Apesar de sua tristeza esta bela mulher desfrutava da solidão que seu marido a deixava em longos períodos por motivo de trabalho, acompanhada por vários homens a cada dia que foram do seu agrado. Como sempre chegavam à Vera Cruz embarcações de todas as partes do mundo, e naquela época sempre havia alguém que agradava à Condessa e ela os convidava ao seu palácio porque ela organizava festas suntuosas que terminavam ao amanhecer, ao final da festa todos saíam contentes pela grande diversão que haviam gozado e tudo voltava ao silêncio, os portões do palácio eram fechados restando apenas o convidado da condessa para que fizesse companhia a esta. Contudo seus acompanhantes não voltavam a ser vistos.

A Condessa seguia frequentando a bruxa para implorar que acabasse com a maldição de não ter filhos; e a bruxa, com gestos suplicantes, seguia perguntando as forças do mal o motivo da mulher não poder ter filhos, depois de tanta suplica maligna, em pouco tempo a condessa deu a luz a um monstro, que o simples fato de o ver a aterrorizava, era totalmente deformado, mas apesar de tão cruel e infame castigo, a condessa continuava convidando os jovens que a simpatizavam, para passar noites românticas com eles.

Tempos depois, em uma noite fria e úmida, o esposo da condessa chegava em sua casa, quando viu o criado, sua surpresa foi grande, pois nos braços segurava alguma coisa enrolada, era o filho da condessa, correu para reclamar-lhe quando a encontrou com um jovem nos seus aposentos, cheio de raiva, a mulher se viu atacada, seu rosto tornou-se áspero, pois tinha tomado a fisionomia da bruxa que visitava, seu aspecto era horripilante, sua cara estava cheia de grandes rugas, seus caninos ressaltavam horrorosos, o conde sentiu medo, sacou sua espada e repousou-a no coração da sua amada, e também no do jovem que a acompanhava. O criado imediatamente o contou tudo o que ela fazia, convidando o conde para jogar os corpos, onde ela jogava seus amantes, no poço dos lagartos. Uma horrível risada acompanhada de lamentos longos pode ser ouvida no triste e sombrio palácio, estendendo-se por todo o campo de Vera Cruz.

Diz a lenda que o conde enlouqueceu e era visto pelas ruas do povoado gritando fortemente, justiça, justiça e que morra a condessa de Malibrán, seus gritos, soavam segundo os moradores locais, como fortes gritos de animais selvagens em volta da presa.

Clipe de La Condesa:


Links: